10 de Setembro de 2015 0 comentários
Quando um projeto gráfico é criado, o desejo de designers, gráficos e clientes é de que as cores apresentadas no layout sejam as mesmas no final do processo de produção. No entanto, isso é uma das tarefas mais difíceis da impressão comercial. Para atingir essa meta, quanto mais informações obtivermos, a respeito das cores, menos surpresas existirão durante o processo.
Muitos cientistas procuraram entender porque os elementos da natureza possuem cores. O primeiro estudioso a obter respostas consistentes foi o físico inglês Isaac Newton (1642-1727 que escreveu o livro Optics, em 1704 relatando suas experiências com a luz e descreve um de seus mais famosos experimentos, descobrindo que um raio de luz do sol ao atravessar um prisma de cristal, decompunha-se nas cores do arco-íris, projetando em um anteparo, um espectro de feixe de luz que vai do vermelho ao azul violeta.
O matemático e astrônomo holândes Christian Huygens (1629-1695), defendia que a luz era um fenômeno de natureza ondulatória. Seus estudos foram aprimorados pelo físico inglês James Clark Maxwell (1831-1879) que concluiu que a luz é uma pequena parte de um espectro de emissões eletromagnética, que também inclui as ondas de rádio, o calor emitido (infravermelho), os raios ultravioletas e raios X.
A luz é uma onda eletromagnética com comprimento entre 380 e 780nm (nanômetro = um milhonésimo de milímetro). Os seres humanos captam a luz por meio dos olhos, que contém 125 milhões de células fotossensíveis localizadas na retina e o cérebro as transformam em cor.
A física quântica aboliu o conceito de que onda e corpúsculo são realidades conflitantes e aceita a natureza da luz em que ela se comporta, às vezes como ondas de energia e às vezes como matéria.
A cor possui três características:
Tom: é o nome da cor.
Valor: indica a proximidade em relação ao preto ou ao branco, ou seja, mais escura ou mais clara.
Saturação: é a intensidade da cor.
Muitos fatores ambientais, como a mudança da iluminação ou proximidade das cores em relação às outras, influenciam a percepção individual das características das cores.
No estudo das cores temos os modelos de cor, em que classificamos em síntese aditiva e síntese subtrativa.
A síntese aditiva é a combinação das intensidades de três comprimentos de ondas de luz: vermelho, verde e azul (RGB), utilizadas para a faixa de cores encontradas na natureza. Essas cores são denominadas cores primárias aditivas. Quando combinadas 100% de vermelho, verde e azul, a cor será vista como branco. Se nenhuma das cores primárias estiverem presentes, o resultado será preto.
Na síntese subtrativa se subtrairmos vermelho, verde ou azul da luz branca surgirão as cores cyan, magenta e amarelo (CMY), ou seja, para enxergar o cyan deve-se absorver (subtrair) 100% da luz vermelha e refletir o verde e o azul, por exemplo. Neste caso as cores são chamadas cores primárias subtrativas e constituem a base das cores de escala impressas.
Os dois modelos manipulam a luz de maneira diferente. A tecnologia de vídeo e monitores, utilizam o padrão aditivo RGB que transmite a luz e é percebida como várias cores. Porém, para impressão, as tintas são translúcidas (absorvem algumas cores e refletem outras), por isso utilizamos a síntese subtrativa. Além do cyan, do magenta e do amarelo (CMY), é utilizada a tinta preta (K) para dar mais profundidade às sombras e imprimir tipos e linhas verdadeiramente pretos. Por isso a sigla para cores de impressão é CMYK.
Na teoria é possível misturar 100% de cyan, magenta e amarelo para criar o preto. Entretanto, nunca se imprime 100% dessas tintas, pois os pigmentos são impuros e a impressão cria um tom de marrom em vez de preto, além de que imprimir 100% de todas as tintas aumenta os defeitos de impressão resultantes de altas cargas e satura as áreas de grafismo degradando a impressão.
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